17 Julho, 2025 |
Por: Ana Rita
17 Julho, 2025 |
Por: Ana Rita
Quando falamos em empresas de tecnologia, é comum pensar que as primeiras palavras que venham à mente sejam: código, inovação, agilidade, dados. Mas e o design? Sim, design. Mas não no sentido visual da palavra. Estamos falando de design como forma de pensar e estruturar soluções, capaz de transformar não só produtos, mas também processos, times e decisões.
Aqui na Testing Company, sabemos que excelência técnica não se sustenta sem uma base estratégica: colocar o ser humano no centro da experiência. E é justamente por isso que investimos em uma cultura de design. Mais do que estética ou usabilidade, o design nos ajuda a pensar melhor, a criar soluções que fazem sentido, a entregar não apenas produtos que funcionam, mas produtos que resolvem dores reais.
Durante muito tempo, o design foi visto como “a etapa que vem depois”: algo que entra quando o produto já está pronto, só para deixar a interface mais bonita ou mais usável. Esse olhar, hoje, é limitante! Design, na prática, é uma mentalidade. É uma abordagem que busca compreender profundamente os problemas, cocriar soluções e gerar impacto real. Inclusive no backend, na arquitetura, nas decisões de QA, e até nos fluxos de dados.
Ezio Manzini, referência global em design estratégico, define design como “a capacidade de imaginar e construir soluções sustentáveis para novos modos de viver”. Em meio a tecnologia, podemos traduzir isso para: imaginar e construir soluções tecnológicas mais humanas, inteligentes e adaptáveis.
Mas o que isso tem a ver com qualidade de software?
Tudo.
Quando pensamos em QA, falamos de garantir que o produto funcione. Mas… funcione para quem? Em que contexto? Com quais expectativas? É aí que o design entra. Enquanto o QA se concentra na eficiência funcional e técnica, o design se preocupa com clareza, fluidez e sentido. Quando essas duas frentes andam juntas, o resultado é um software que não apenas roda sem bugs — mas que resolve a dor certa da forma certa.
Em um cenário cada vez mais orientado por velocidade e escala, o design oferece um contraponto estratégico: a capacidade de olhar para o processo com profundidade, empatia e clareza. Empresas que adotam uma cultura de design integrada com tecnologia conseguem:
Identificar pontos de atrito que os testes automatizados não captam;
Criar fluxos de validação com base no uso real, não só nos requisitos;
Engajar equipes técnicas e não técnicas com uma linguagem visual comum;
Reduzir retrabalho causado por desalinhamentos entre expectativa e entrega.
Em um dos episódios do PodTesting discutimos justamente como tech e business precisam se conectar, com design funcionando como ponte entre os dois mundos.
Não é preciso montar um time separado de designers para começar. Design como cultura começa por atitudes e rituais simples, como:
Incorporar escuta ativa nas fases iniciais do projeto (entre QA, Dev e Produto);
Adotar técnicas de prototipação rápida, mesmo para APIs ou esteiras;
Representar problemas de forma visual para facilitar a colaboração entre áreas;
Estimular decisões baseadas em intenção de uso e não apenas nos requisitos.
Esses movimentos ajudam a alinhar expectativas e criar soluções mais coesas. A cultura de design nos ajuda a antecipar problemas, não apenas corrigi-los. É ela que viabiliza o trabalho preventivo dentro da Testing Company, com soluções sob medida para empresas que buscam não só agilidade, mas também consistência e confiança nas entregas.
Fazer essa transição exige maturidade organizacional, espaço para escuta e incentivo à colaboração entre áreas. E é aí que as lideranças técnicas entram com papel-chave: são elas que precisam abrir espaço para o design deixar de ser uma função e se tornar uma forma de operar. Sabemos que transformar cultura leva tempo. Mas cada projeto que nasce da colaboração entre áreas, cada teste automatizado com foco na experiência e cada conversa com cliente que gera insight, tudo isso fortalece o propósito.
Seu time está entregando software que funciona — ou software que faz sentido?
Empresas que investem em cultura de design criam não só melhores sistemas, mas melhores relações, melhores processos e futuros mais sustentáveis.
Na Testing Company, nosso compromisso é entregar tecnologia com propósito — e o design, como cultura, nos ajuda a lembrar constantemente por que fazemos o que fazemos, para quem fazemos e como podemos fazer cada vez melhor.
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